''São só palavras. São maleáveis, voláteis, e eu as junto as vezes, não sei exatamente porque e nem se esse porque existe. De qualquer forma, agora são suas palavras também.''

domingo, 26 de dezembro de 2010



E eu já não consigo esconder,
meus pés denunciam meu viver.
Eu deveria continuar quieta,
manter meu juramento,
seguir o Primeiro...
As partes foram tão bem colocadas,
de modo que um galho não soubesse
o que fazia o outro.
mas agora, o Desconhecido permanece
encapuzado.
E sem um apoio,
perdida me sinto.
As peças escondem o segredo,
mas o Primeiro
não encaixa os parceiros.
Então,
toma conta essa escuridão
e o Desconhecido me leva,
sem nenhuma pressa,
para o fim
o fim do caminho.

sábado, 4 de dezembro de 2010

E só me resta lhe agradecer


Você já bebeu uma água gelada, e teve a sensação que ela te queimava por dentro?
Você já tomou uma chuvinha de verão quando o sol ainda estava alto, e teve a sensação de que seus ossos congelaram?
Você já quis fazer alguma coisa, mais algo te puxava pro lado contrário?

É normal, é comum, cotidiano e é humano. Mais quem garante que não é divino também?
Porque temos a mania de nos submeter, de achar que não somos praticamente nada?
Nossa força nasce de dentro de nós. Nossas vitórias crescem do nosso, e só nosso esforço, então porque achar que não valemos a pena? Que não devemos ousar?
Qual o motivo que te impede de tentar voar? Cair? Não existe queda grande, se você não mede a altura do chão. Não existe escuridão, quando você se lembra perfeitamente da luz, não existe solidão, se você consegue sentir quem está próximo de você...
Voar, não significa cair. Tomar uma chuva, não significa pegar uma gripe. Significa viver! Correr riscos, e respirar. Quem disse que seria simples, fácil e tediante? A unica coisa que sabiamos, é que seria assustador, e foi nosso instinto que nos avisou: nascemos chorando, mas quem garante que não foi de alegria? Por poder respirar,mais tarde por poder sentir, e ainda choramos, quando agradecemos por continuar aqui.
Obrigada. Por nos deixar ver o que é necessário. Por nos ajudar e cobrir quando a luta está próxima. Obrigada por nos guiar, e nos jogar cordas. Obrigada pela chuva, pelo mar e pelas flores. Obrigada, por nos permitir sentir o medo, a dor, e o êxtase. Obrigada por seu amor !

Pois é, eu ando me encantando com as cores ultimamente. Fiz esse desenho, pra estreiar meu bloco novo de folhas de desenho. Não sei o que irão achar, aliás, não teem obrigação de achar coisa alguma. É só que, me deu uma imensa vontade de compartilhar esse desenho hoje. Intuição? Como saberemos?
Beijos :*


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sumir



Não, eu não sumi. Ainda estou aqui. Não tão forte, mas não derrotada. Não tão pura, mas ingênua o suficiente.

Sumir, desaparecer. São palavras tentadoras em momentos trágicos, mas quem garante que é a solução? Nenhuma outra pessoa pode resolver nossos problemas, o nosso é somente nosso.

Passar por esses momentos, pode no fundo ajudar em alguma coisa. Talvez durante eles você também descubra sua força. Assim como foi comigo.


Eu fazia a lista de compras mentalmente, e a pergunta surgiu em minha cabeça.Será que, quando o verdadeiro amor chegar, saberemos que é ele? Não o deixaremos passar, pensando ser só mais uma paixão ou algo do tipo?

Bom, eu ainda tenho fé que a resposta da primeira pergunta seja sim. Sim, nós saberemos quando o amor chegar. Ele não nos escapará. Acredito nisso. E para mim, basta!


Ainda era o meu cheiro predileto. Mesmo depois de tantos anos, a nostalgia me domina quando o sinto. E é então que volto para aquele mesmo quarto, que já nem existe mais.

Eu tinha acabado de acordar, e ainda chovia um pouco. Levanto da minha cama, e abro as janelas, ah, como eu adorava aquelas grandes janelas de madeira, e assim que eu as abro, o cheiro invade meu quarto. Cheiro de terra molhada, de inicio de vida, de início de manhã, de desabrochar, de esperança e futuro.

E eu só me lembrei disso agora, porque começou a chover, e eu ouvi o mesmo barulho daquela manhã, magia para mim. As diferenças são notáveis, depois de tantos anos. Não estou no meu quarto da casa de campo dos meus pais, estou na minha casa, na minha biblioteca e estava lendo – mais um hábito antigo-, e agora estou aqui, recebendo uns poucos chuviscos de água, as 3 horas da madrugada, me lembrando o quanto lutei por tudo que conquistei. Tudo que eu planejei quando as minhas férias ainda eram escolares.