''São só palavras. São maleáveis, voláteis, e eu as junto as vezes, não sei exatamente porque e nem se esse porque existe. De qualquer forma, agora são suas palavras também.''

sexta-feira, 16 de julho de 2010

- Voltei


Cansei e joguei tudo pro alto.

Gritei, sorri e chorei. Aliviei a alma, acalmei o espírito, e agora posso recomeçar. Estou pronta, sempre estive. O único problema, é que algumas coisas são externas, e essenciais pra mim.

Mudei. Me renovei, mais não esqueci de tudo, e nem quero. Meu passado faz parte de mim. Ele. (faz parte de mim). E nem se eu quisesse poderia mudar isso.

Mais agora eu aprendi que pra amar as pessoas, de verdade, a gente tem que se amar mais.

E é por isso que eu resolvi voltar a ser o que eu era. Voltei a ouvir as músicas que eu mais gosto, a deitar na grama e a olhar as nuvens, voltei a me cuidar, e a olhar no espelho 5 milhões de vezes.

Estou de volta ! E se valer a pena, ele vai estar de volta também...

domingo, 11 de julho de 2010

Medo


Medo de morrer, e não ter feito diferença pra alguém.

Medo de subir lá no alto daqele prédio, e despencar.

Medo de qe você não me veja, e não me note.

Medo qe esse amor, possa me dessestruturar.

Medo de pular, e não voar.De sonhar, e não realizar.

Medo de você não me amar .

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pausas


Eu ouvia ainda agora uma música, quando uma pausa chamou minha atenção. Essas pausas longas, que você fica até na dúvida se a bateria do mp3 acabou, sabe?

E então eu me vi pensando como elas são importantes na nossa vida. Parar pra pensar, refletir um pouco . . . E então cheguei a seguinte conclusão:
As pausas de suspense nos revigoram; as de fala nos estremecem; as de músicas nos surpreendem; as da vida, nos fortalecem. . .

terça-feira, 6 de julho de 2010

Paisagem


Eu estava vindo embora quando a idéia passou pela minha cabeça. Não saberia te explicar exatamente porque ela surgiu naquele momento.
Eu me lembro que admirava a paisagem, e que bela paisagem me abraçava naquele fim de tarde. O sol já se escondia atrás de uma corpulenta nuvem, mais seu brilho, sua alegria e sua simplicidade ainda era visível. Ele era dono de um brilho alaranjado, daqueles que dão a sensação de calor, esse laranja ainda virava vermelho, era ardente. E ainda nesse mesmo céu, seu brilho mudava novamente pra um roxo claro, calmo, esperançoso.
Essas cores, o movimento, a companhia e o passado podem ter me levado ao pensamento, não tenho certeza. Não posso ter, e não faço questão. Há certas coisas, que é melhor deixar como estão. Só tenho a certeza que a idéia me surgiu, e me fez perceber e sentir naquele momento talvez mais do que nos outros, quão grandioso é o mundo que vivemos, quão bom pode ser tudo o que temos. E como conseguimos devolver pra um lugar de qualidades, que só nos fornece o que tem de melhor, o nosso pior. É triste pensar depois de toda a euforia provocada pela grandeza daquele céu, que me sufocava de beleza, que temos nosso lado negro. Nosso lado nojento, mesquinho, que vive nas sombras. É horrível, assustador imaginar que algumas pessoas liberam essa parte do ego. É ainda mais terrível pensar, que essas pessoas prejudica outras. Que essas pessoas destroem outras, assim como fazem com o planeta.
Eu não quero mais viver em uma sociedade onde não existam valores. Eu não quero ter de me preocupar se aquele pôr do sol vai ser o último que vou ver. Eu não quero ter de medir tudo o que digo por que existe traição. Eu quero que as pessoas mudem, que entendam que prejudicar outras pessoas só te machuca mais por dentro. Quero que olhem o céu no fim do dia, e não consigam nem enumerar a quantidade de coisas boas que fizeram, porque não fizeram pra ser reconhecidas, fizeram pra se reconstruir por dentro, para espalhar o amor, semear o respeito e gerar união, compaixão e um futuro que mereça ter esse nome. Que mereça ter o título de aprimorado, sábio e fiel.

Julieta


Ela me olhava assustada. Assustada demais pra quem dizia querer estar exatamente ali.
Eu? Eu estava sem reação, completamente perdido. Não sabia o que fazer, não sabia como relar nela, e era exatamente isso que eu estava louco para fazer.
Daniela fazia parte de mim a algum tempo. Era parte essencial do meu todo e eu já não me enchergava sem ela. Mas essa situação toda parecia forçada, estranha demais. Nenhum de nós dois, sabia como reagir.
Eu tinha ido consolá-la. Julieta havia sofrido um acidente - era sua melhor amiga. Na verdade estavamos todos juntos naquela noite. Uma reunião de amigos íntimos, amigos de verdade, aqueles que ' pode o tempo passar, pode o mundo girar, que eu te juro amigo, nossa amizade é de durar'- como diz a canção de um amigo meu. Era um acampamento, uma viagem de férias, queríamos ficar todos juntos, e essa foi a solução. O problema, é que Julieta tinha que voltar pra casa três dias antes, seu pai passaria pelo Brasil só pra lhe dar um abraço, e ela deveria estar lá, prontinha, como se fosse uma boa garota (até colocaria um vestidinho de florzinha se fosse preciso), então ela bebeu. Sim, aquilo a matava. Fingir ser alguém que ela não era, pra deixar outra pessoa feliz, era insuportável pra ela, era insuportavel até pra nós.
E ela bebeu, pegou seu carro as duas da manhã, e foi embora. Estavamos todos acordados, nos despedindo. E desejando a única coisa qe poderíamos desejar : - Força.
Então na manhã seguinte, recebemos a notícia. Se deram ao trabalho de pegar um carro e nos avisar. Ficamos chocados, todos paralisados. E no fim, sucumbimos as lágrimas.
Mas Dani precisava de mim. E eu estaria forte por ela até o fim. O único problema, é que estavamos tentando dissolver tudo o que tinha acontecido.