''São só palavras. São maleáveis, voláteis, e eu as junto as vezes, não sei exatamente porque e nem se esse porque existe. De qualquer forma, agora são suas palavras também.''

domingo, 26 de dezembro de 2010



E eu já não consigo esconder,
meus pés denunciam meu viver.
Eu deveria continuar quieta,
manter meu juramento,
seguir o Primeiro...
As partes foram tão bem colocadas,
de modo que um galho não soubesse
o que fazia o outro.
mas agora, o Desconhecido permanece
encapuzado.
E sem um apoio,
perdida me sinto.
As peças escondem o segredo,
mas o Primeiro
não encaixa os parceiros.
Então,
toma conta essa escuridão
e o Desconhecido me leva,
sem nenhuma pressa,
para o fim
o fim do caminho.

Um comentário:

  1. Esse poema vem exatamente de encontro ao momento que vivo. Deixo o Primeiro e sou levado pelo Desconhecido. O Primeiro é deixar de ser apenas filho e seguir os ensinamentos de minha mãe. O Desconhecido, é saber que sou pai de dois adolescentes que me levaram para o fim do ciclo "filho", para o ciclo "pai"... lindas palavras.

    ResponderExcluir