''São só palavras. São maleáveis, voláteis, e eu as junto as vezes, não sei exatamente porque e nem se esse porque existe. De qualquer forma, agora são suas palavras também.''

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


Ainda era o meu cheiro predileto. Mesmo depois de tantos anos, a nostalgia me domina quando o sinto. E é então que volto para aquele mesmo quarto, que já nem existe mais.

Eu tinha acabado de acordar, e ainda chovia um pouco. Levanto da minha cama, e abro as janelas, ah, como eu adorava aquelas grandes janelas de madeira, e assim que eu as abro, o cheiro invade meu quarto. Cheiro de terra molhada, de inicio de vida, de início de manhã, de desabrochar, de esperança e futuro.

E eu só me lembrei disso agora, porque começou a chover, e eu ouvi o mesmo barulho daquela manhã, magia para mim. As diferenças são notáveis, depois de tantos anos. Não estou no meu quarto da casa de campo dos meus pais, estou na minha casa, na minha biblioteca e estava lendo – mais um hábito antigo-, e agora estou aqui, recebendo uns poucos chuviscos de água, as 3 horas da madrugada, me lembrando o quanto lutei por tudo que conquistei. Tudo que eu planejei quando as minhas férias ainda eram escolares.

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