''São só palavras. São maleáveis, voláteis, e eu as junto as vezes, não sei exatamente porque e nem se esse porque existe. De qualquer forma, agora são suas palavras também.''

sexta-feira, 12 de agosto de 2011


Chovia. E essa chuva um tanto quanto diferente das outras me fazia lembrar de certas coisas. Coisa que eu pensava a muito já ter esquecido. As gotas grossas e firmes me cortavam, e acabavam por se misturar as minhas lágrimas. Mas eu não sentia frio. Aquele frio de quem chora por tristeza, contra as regras, porque não deveria chorar. Não. Não era nada disso. Eu sentia o poder da liberdade, que não pode ser descrito como apenas isso, mas como tudo, já que minhas asas se abriam novamente. Eu respirava aliviada. Apesar da chuva, das lágrimas e do frio. Meu coração ainda batia, e ele me aquecia, como sempre aliás.

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